domingo, 8 de março de 2015

Síntese: De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário

Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências Aplicadas e Educação
Departamento de Ciências Exatas
Disciplina: Avaliação de aprendizagem
Aluno: José Sharlles Guedes da Silva

Síntese: De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário

No processo de ensino aprendizagem para se conseguir resultados novos, é necessário que se tenha hábitos novos, que por sua vez, exigem novas aprendizagens, como também novas condições para exercitá-las.
Para os educadores é muito difícil mudar os hábitos relativos aos exames para hábitos relativos à avaliação. E essas dificuldades se da devido as contribuições da história da educação , o modelo de sociedade no qual vivemos e a repetição inconsciente do que ocorreu com cada um de nós, ao longo de nossa vida escolar.
Desde o século XVI, os exames escolares, podem ser visto como uma ameaça e fonte de castigo sobre os educandos, onde o objetivo é fazer com que os alunos estudem mais, aprendam. Para que isso seja mudado é preciso mudar a forma de compreender e agir, que se apresentam blindados a mudanças. Dessa maneira não faz sentido condenar educadores que não conseguem mudar do ato de examinar para o ato de avaliar.
Hoje os exames escolares não podem ser vistos como uma afirmação para resultados bem sucedidos.
O modelo da sociedade atual, é excludente. Os exames são excludentes. Existe uma compatibilidade entre modelo social vigente e exames escolares. A avaliação da aprendizagem é democrática, pois que sendo inclusiva, acolhe a todos, e se opõem ao modelo excludente da sociedade burguesa, por isso é difícil de ser praticada.
Agir inclusivamente numa sociedade excludente exige consciência crítica, clara, precisa e desejo político de se confrontar com esse modo de ser, que já não nos satisfaz mais. Utilizar a avaliação da aprendizagem dentro da escola, nos dias de hoje, significa agir de modo inclusivo dentro de uma sociedade excludente.
A experiência que cada educando adquiri influência para nos levar a uma maneira de examinar, ou seja a maneira que fomos examinados, nos examinamos. Durante nossa vida nos fomos excessivamente examinados, ou  seja, fomos ameaçados com exames escolares. Para acabar com essa maneira de agir, temos que ter consciência, atenção e cuidados permanentes, até que consigamos mudar os velhos hábitos. Usamos os exames como recursos de controle. Os traumas pelos os quais passamos, fazem-nos agir da maneira que agimos.
Os educadores precisam assumir consciência clara de que estão rompendo com o modelo social excludente. Para mudar do ato de examinar para o ato de avaliar, temos que obter novos resultados e novos modos de agir.
A avaliação os recursos para investigar uma ação qualquer, e conforme os resultados, pode intervir para que consiga os resultados esperado.
Os professores necessitam refletir a sua maneira de avaliar, se quiser mudar a conduta de educador, deve-se deixar de lado os atos  examinativos  da sala e nunca mais pratica-los, até que vagarosamente consiga deixar de ser examinador para se tornar avaliador. 

LUCKESI, Cipriano Carlos. De examinar  para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 67-72.


Um comentário:

  1. Construção de uma síntese reflexiva do texto de LUCKESI, Cipriano Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. Entregue na aula do dia 05/11/2014.

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